sexta-feira, 26 de agosto de 2011

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Terei muito gosto em abordar temas do seu interesse que se enquadrem nos objectivos deste blogue.

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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A segurança, a imagem e os negócios

O jornal O Dia online noticiou no dia 16 de Agosto de 2011 que a Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro referiu que o processo de implantação de uma nova política de segurança pública no Rio de Janeiro,  tem tido óptimas repercussões na imagem da cidade e na segurança dos cidadãos, com inequívocas vantagens para o comércio.
Presidente da Câmara Portuguesa referiu que “A insegurança afasta o capital e, antigamente, qualquer turista temia vir ao Rio. Hoje, eles mesmos dizem que a segurança mudou. O mercado está aquecido”, mostrando uma revista alemã que retratava o trabalho de policiais das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) com crianças.

Veja a notícia completa: Segurança que atrai turistas e negócios

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Quebra desconhecida: Quanto anda a perder?

Independentemente da causa, as perdas no inventário têm repercussões graves no equilíbrio financeiro das empresas.
Antes de avançar para quaisquer soluções devemos sempre tentar perceber o problema, identificando as fontes de risco e as causas da quebra.
Desfaça-se de algumas ilusões. Uma boa parte da quebra, está associada a furtos que não ocorrem nas lojas (praticados por “clientes”) mas à acção negligente ou dolosa de pessoas que estão no circuito de embalagem, transporte, distribuição, armazenagem e reposição.
A Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED) emitiu há já alguns anos uma recomendação com um conjunto de regras que ajudam a pôr em prática um plano de reconhecimento de riscos.
A Recomendação: como prevenir quebras desconhecidas na cadeia de abastecimento que pode ser consultada ou baixada a partir do sítio da APED, contém indicações preciosas que de seguida se sintetizam.

1. Conheça a sua quebra: reúna informação
Para conhecer a quebra a que está sujeito calcule a diferença de inventário
Ao Stock inicial subtraia o valor das saídas de produtos (vendas, devoluções a fornecedores…) e some as entradas de produtos (compras, devoluções de clientes…). O resultado será o Stock teórico.
Ao Stock teórico subtraia o Stock real para obter a diferença de inventário.
Olhe para os resultados perspectivando (1.º) a percentagem do custo das quebras relativamente ao número de vendas, valorizando as quebras de produtos a preços de custo médio e (2.º) a percentagem de unidades que faltam no total das unidades vendidas.
Quando proceder ao cálculo da diferença de inventário, reveja os seus procedimentos, de modo a evitar:
·         Enganos nos movimentos a serem considerados pelo cálculo do inventário teórico como, por exemplo, não inclusão de vendas realizadas durante a inventariação e os cálculos. Para isso, estabeleça um momento preciso para fechar a inventariação e proceder ao cálculo.
·         Analisar informação incorrecta ou incompleta, especialmente, duplicação de vendas, envios incorrectos de transacções, confusão de códigos, notas de entrega de armazém, facturas relativas a entrega nas lojas, devoluções de produtos, alterações e regularizações de preço (especialmente nas promoções e saldos), auto-consumos, entre outros.

O cálculo da diferença de inventário tornar-se-á uma ferramenta indispensável a tomar, de forma mais racional, algumas decisões importantes, sobre:
·         Revisão ou implementação de procedimentos internos
·         Adopção de medidas de segurança pontuais sobre determinados produtos, áreas da loja, pessoas, circuitos…
·         Alterações sobre a exposição dos produtos, concebendo formas mais seguras de o fazer, nomeadamente, alterando a sua localização, embalagem, disposição…

2. Conhecer os factores de risco
Já anteriormente definimos o que era a Quebra Desconhecida e indicamos o Furto externo, o Furto interno e os Erros administrativos como as causas mais comuns para a sua ocorrência.
É importante saber genericamente que existem essas fontes de risco, mas convém ser mais preciso e investir na análise do seu problema particular se quer construir uma solução à sua medida.
Quando estiver preparado para implementar medidas releia os seguintes textos deste blogue:

3. Boas práticas
Seja minucioso na gestão da informação e tente através da diferença de inventário observar quais os produtos que mais desaparecem e com que frequência. Com alguma atenção, talvez consiga mesmo identificar os períodos do dia, da semana, do mês e do ano em que o risco aumenta. Verá que vai ter uma visão precisa sobre:
·         O que atrai mais os ladrões
·         Se a disposição dos produtos na loja é correcta em função da segurança
·         A rotação do produto
·         O seu grau de perecibilidade

Utilize esta importante ferramenta para:
·         Estabelecer melhores práticas, como, a realização de uma contagem prévia sobre a localização dos produtos, sobretudo os arrumados em diferentes locais
·         Uniformizar e normalizar a metodologia da contagem e a documentação de apoio a utilizar, como sejam formulários e tabelas, entre outros
·         Aumentar o nível de precisão das categorias ou produtos que apresentem riscos mais elevados, por exemplo, conte fisicamente duas vezes os produtos e faça comprovações aleatórias da integridade dos bens.

A propósito deste tópico, recomendo ainda a leitura dos seguintes artigos:

APED:
HIPERSUPER:
RETAIL RESEARCH:

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Londres, 2011 DC


Hoje não resisto a sair do tema habitual deste blogue, para tecer algumas considerações sobre o que se está a passar no Reino Unido.

A história parece ser essencialmente a seguinte:

Tumultos estalaram um pouco por toda a Inglaterra após um jovem de 29 anos de idade, pai de quatro filhos que dava pelo nome de Mark Duggan ter sido morto a tiro pela Polícia na sequência de uma operação de vigilância e seguimento que, aparentemente, o visava.
Inicialmente foi veiculada a informação que Mark teria feito o primeiro disparo contra as autoridades. Um dos agentes fora atingido a tiro num flanco do tronco, havendo um projéctil alojado num emissor/receptor que transportava. As informações mais recentes apontam para o facto de Mark nunca ter disparado contra a Polícia.
Pelos vistos, Mark era um bom pai de família e um membro muito considerado da sua “comunidade” que também tinha ligações a um gangue local, onde era igualmente considerado. Terá sido pelas últimas e não pelas primeiras razões que a Polícia o seguia.
A comunicação social começou a exploração da notícia e iniciou-se a habitual rotina: a biografia da vítima, os depoimentos dos amigos, as colagens aos contextos sociais, raciais e culturais.
No dia seguinte a estes acontecimentos, iniciaram-se protestos pacíficos nas ruas do bairro onde Mark residia que rapidamente se transformaram em tumultos violentos.
Um grupo de cerca de 300 indivíduos juntou-se em frente às instalações da Polícia de Tottenham exigindo “justiça”.
Enquanto isso começavam as pilhagens e os ataques nas zonas de Tottenham, Enfield, Walthamstow e Brixton.
A Polícia Metropolitana de Londres tentou repor a ordem pública com os poucos meios e preparação que tem para estas situações (no Reino Unido não existe uma tradição de polícia de reposição de ordem pública. A Polícia é essencialmente, um grupo de membros da comunidade especialmente preparado e remunerado para cumprir em permanência os deveres que são de toda a comunidade, seguindo os 9 princípios de Robert Peel).
A desordem alastrou a toda a cidade de Londres e a zonas de Birmingham, Liverpool, Nottingham e Bristol.

O resto é conhecido.

Atribui-se a Bertrand Russel a seguinte frase: “Os Homens nascem ignorantes, não nascem estúpidos. É a educação que os torna estúpidos.”
Não queiramos precipitar-nos na interpretação desta afirmação. Bertrand Russel, era um homem superior e acima dos seus pares era um defensor da educação e da cultura.
Nas últimas décadas fomos caindo no erro de pensar que andamos a educar correctamente. Os valores das sociedades ocidentais, especialmente aquelas que conhecem o Estado Social incluem, felizmente, noções como a inclusão, a diversidade, a comunidade, o multiculturalismo.
Porém, o modelo do Estado Social ocidental disponibilizou-se a entregar tudo a todos, de qualquer forma, muitas vezes sem critério e sem questionar o “como” e o “porquê”.
Também, por receio ou por imperativo ideológico, educou para os direitos e não para os deveres.
O Estado Social tornou-se o alvo ideal da predação e do parasitismo, o apoio dos desvalidos transformou-se no privilégio dos não contribuintes, a miséria é para muitos um modo de vida que se eterniza e se transfere entre gerações de pessoas que se recusam a evoluir para o patamar seguinte, preferindo viver do subsídio do que aproveitar as oportunidades para estudar e trabalhar.
A sociedade contemporiza e tolera o intolerável. Tolera o intolerável não porque é verdeiramente tolerante, mas porque nos tornámos incapazes, impotentes e receosos de exercer a autoridade, definir claramente rumos e manter a ordem.
O que se passa no Reino Unido, não é um problema do Reino Unido, não é um problema de Polícia ou tão pouco uma questão racial.
Estamos perante um problema de “Comunidade Aparente”, achamos que temos comunidades sólidas, maduras e capazes de contribuir para a auto-regulação, mas o que a generalidade de nós entende serem as “comunidades”, não corresponde ao que as “comunidades” pensam ou querem ser.
Fica demonstrado que as comunidades de indivíduos são comunidades de valores, sendo alguns pouco visíveis e muitos distintos dos valores da generalidade das pessoas que dela não fazem parte. São comunidades que olham para dentro e para fora, distinguindo-se do resto da sociedade e sentindo-se orgulhosos disso, que discursam com o “nós” e os “outros”, que são comunidades só no sentido em que apostam na sua diferenciação e não na sua integração, que querem ser distintas, diferentes e merecedoras de um tratamento especial, e que facilmente se transformam em esconderijo e protecção de criminosos e delinquentes, se eles fizerem parte da “comunidade”.
Para sobreviver, o mundo ocidental e o Estado Social têm de mudar.
O Estado pode ser assistencial e apoiar os mais desfavorecidos, impulsionando o seu desenvolvimento pessoal, mas não pode ser fonte de resolução de todos os problemas individuais e tem de ter a capacidade de exigir e sindicar os resultados dos seus investimentos nos indivíduos, penalizando o parasitismo e a “miséria profissional”.
Quanto ao resto já tudo foi antes visto e dito.
A actuação e os discursos desastrosos das autoridades e da comunicação social obedecem sempre ao mesmo padrão idiota.

A foto apresentada é da Press Association e está disponível em UK riots in pictures.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Programa Comércio Seguro no México


Comerciantes, entidades estatais e municipais de Los Mochis, uma cidade da região costeira de Sinaloa, no México, puseram em marcha um programa denominado Comércio Seguro, pretendendo controlar a criminalidade que tem afectado a actividade comercial da cidade.
Trata-se de mais um exemplo de cooperação e parceria na prevenção do crime, utilizando um modelo há já alguns anos implementado em Portugal.

Leia a notícia completa no Linea Directa Portal: En Ahome ponen en marcha el comercio seguro 

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Brasil: Menos dinheiro na caixa, menor risco de ficar sem ele!


A EPTV COM noticiou que o aumento de assaltos ao comércio de bairro em Ribeirão Preto fez com que os estabelecimentos tomassem medidas, deixando de receber o pagamento de contas da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL).
A CPFL, à semelhança de inúmeros serviços no Brasil e em Portugal, possui uma rede de estabelecimentos credenciados para receber o pagamento das suas contas.
Todavia, o uso pouco frequente de sistemas de pagamento sem recurso a dinheiro (como cartões) tem levado à acumulação de grandes somas de dinheiro – um atractivo para os criminosos.
O aumento dos assaltos a estabelecimentos credenciados pela CPFL tem levado alguns comerciantes a cancelar as suas ligações à empresa distribuidora de energia para garantirem maior segurança.

Veja a vídeo reportagem e leia a notícia em:

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Associação Empresarial do Concelho de Sintra e Polícia de Segurança Pública


A Associação Empresarial do Concelho de Sintra (AESintra) e a Polícia de Segurança Pública, organizaram uma sessão de esclarecimentos e debate, sobre segurança no comércio.De acordo com o comunicado da AESintra, a iniciativa constituiu uma oportunidade para os empresários e comerciantes colocarem todas as dúvidas sobre esta temática e saber quais as medidas que devem tomar para enfrentarem situações de insegurança.

O Presidente da AESintra, Manuel dos Santos do Cabo e o Comandante da PSP de Massamá, Carlos Lapinha, convidaram todos os empresários para esta acção de sensibilização sobre segurança no comércio que se realizou no dia 1 de Agosto, pelas 21H00, na Esquadra de Intervenção e Fiscalização Policial em Massamá.

O objectivo da sessão foi esclarecer os empresários sobre como actuar em caso de assaltos, cuidados de segurança a ter na gestão do seu negócio, como efectuar a articulação com as autoridades, entre outros.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Shrinkage: a Quebra Desconhecida


Um dos riscos da actividade comercial é identificado pelas «quebras» no inventário (stock), impedindo que os produtos transaccionáveis percorram o seu ciclo normal, sendo vendidos ao cliente e proporcionando um lucro ao vendedor.
A «quebra» é uma figura contabilística que identifica a diferença entre a facturação potencial de um determinado número de produtos em inventário e a facturação real.
As quebras podem ser conhecidas ou desconhecidas.
As quebras conhecidas são aquelas cujo motivo está identificado, podendo ocorrer, por exemplo, através da deterioração de produtos perecíveis ou da ultrapassagem dos respectivos prazos de validade que impedem a venda dos mesmos.
As quebras desconhecidas ou “Shrinkage” como também é frequente chamar-lhes, são todas as outras cuja origem não é clara, podendo ocorrer por via de:
Ø  Furto de bens ou dinheiro por parte de clientes;
Ø  Fraudes com cheques e cartões na aquisição de bens ou serviços;
Ø  Furto de bens ou dinheiro por parte de funcionários em qualquer parte do circuito de pós-produção (transporte, armazenagem ou loja);
Ø  Danos em bens destinados a venda;
Ø  Erros no fornecimento por parte dos fornecedores;
Ø  Erros gestionários (p.e. mau controlo de inventário, erros contabilísticos, etc).

Estas perdas não podem ser encaradas de forma displicente pelos comerciantes, especialmente aqueles que são independentes e gerem o seu próprio negócio sem estarem integrados em grandes redes de comércio de retalho.
Os resultados do estudo de 2010 do Barómetro Nacional da Quebra Desconhecida no Retalho (3ª edição) da Premivalor Consulting, indicam que “aproximadamente 67% das empresas inquiridas consideram que a rendibilidade das respectivas organizações é afectada pelo fenómeno da Quebra Desconhecida.”
O mesmo estudo apurou que entre as empresas inquiridas, o valor da quebra desconhecida na quebra total (a soma das perdas por quebra conhecida e por quebra desconhecida) durante 2009, foi de 58.73%, o que, sendo uma descida significativa, relativamente aos resultados de estudos anteriores, continua a representar um peso razoável nas perdas dos estabelecimentos que foram alvo desse inquérito.
Isto significa ainda que (e de acordo com o mesmo estudo) a quebra desconhecida em Portugal desceu de 1,16% (177 milhões de euros) para 1,03% do volume de vendas em 2009, representando 147 milhões de euros do valor da quebra total.
Dados recentes do Global Retail Theft Barometer (GRTB) indicam que na Europa ocidental os valores médios da quebra desconhecida caíram entre 1.40% e 1.27% entre 2000 e 2010. Estes resultados foram conseguidos através da melhoria dos processos de gestão que, por sua vez, garantiram a prevenção destas perdas.
O assunto da prevenção da quebra desconhecida é tão sério que retalhistas por todo o mundo cativam parte significativa dos seus ganhos para os investirem em segurança.
No Japão, por exemplo, sabe-se que o investimento nesta área é relativamente reduzido, mas proporcional ao baixo risco sentido nessa região do globo, representando um valor equivalente a 0.15% das vendas. No Reino Unido o investimento em 2009 foi de 0.29%, em França de 0.39% e nos Estados Unidos da América na ordem dos 0.46%.

Agora pensemos nisto:


Quer o Barómetro Nacional da Quebra Desconhecida no Retalho, quer o Global Retail Theft Barometer reflectem os problemas dos grandes retalhistas, aqueles que têm grande capacidade de investimento em segurança e que possuem ao seu alcance mecanismos mais eficientes de compensação.

E os outros?

O que vale para a prevenção da quebra desconhecida nas grandes empresas de retalho pode valer, com as devidas adaptações, para o pequeno comércio.

Os estudos existentes apontam a «boa gestão» como o aspecto essencial a considerar quando se pretende reduzir quebras e melhorar a segurança do comércio.

Não interessa adquirir todo o tipo de aparelhos, equipamentos e serviços de segurança que podem não estar adaptados às necessidades da sua actividade, sendo susceptíveis de a encarecer e ainda de afastar clientes.

As soluções de segurança, não obstante algumas regras gerais que temos abordado neste blogue, devem ser talhadas à medida das necessidades do seu destinatário.

Por isso, antes de se precipitar a comprar todo o tipo de alarmes, câmaras e serviços de vigilância, instrua-se um pouco mais, subscreva este blogue e não se prive de me enviar as suas questões.

Continuaremos este tema em breve.